Já há longos tempos que não ia ao jardim, há tempo demais por sinal.
Hoje depois do almoço e, como o tempo estava convidativo dirigi-me até ele, aqui quase ao lado do serviço.
Entrei e dei-me conta que estava quase vazio mas, também não tinha ali ido para ver seja quem fosse.
Caminhei alguns passos e, parei no pequeno lago onde peixes cor de laranja andavam de um lado para o outro sem rumo aparente. Também, dali não saem, como havia de saber para onde ir? O mais provável seria que andavam à procura de comida, mas essa, desta vez não os consolei.
No meio de vários bancos, típicos de jardim, sentei-me num onde o sol não chegava e a brisa da árvore que por cima me olhava, dava um ar fresco e suave.
De repente, senti-me quase no paraíso, se bem que não saiba o que é mas, calculo que seja algo parecido, onde reine a paz, como aqui.
Pássaros, muitos pássaros nas árvores poisados cantavam melodias calmas e serenas.
Fechei os olhos para saborear melhor o momento.
No meio daquela quietude quase angelical, senti-me bem...muito bem.
A brisa morna, o ar fresco, a orquestra, tudo em uníssono neste quase paraíso, como uma massagem daquelas boas que nos põe relaxados, demais por vezes, fez-me sentir outra pessoa. Uma pessoa capaz de mudar o mundo mas, não era isso que eu queria naquele momento.
Olhei para o relógio e, o tempo que me pareceu ter estado ali afinal, tinha sido quase o dobro. Meia hora se tinha passado e eu nem me tinha apercebido.
Saí com uma paz de espírito imensa em direcção ao meu serviço onde, reina tudo menos a paz.
Outro dia hei-de lá voltar, com mais calma, com mais tempo. Talvez não esteja predisposto como hoje mas, no entanto, talvez esta sensação volte a reinar dentro do meu ser.
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