No passado Sábado fui trabalhar. Era Sábado e todos os meus colegas, quase todos melhor dizendo, ficaram nas suas casas.
Eu e mais 3 colegas fomos trabalhar...por amor à camisola obviamente, neste época de contenção de despesas públicas.
Não que tivesse ido com muita vontade, é certo mas, também elas devem ter ido com a mesma vontade. O que nos salva, para além da fé, é o facto de sermos uma Secção onde reina a paz, a calma aparente e o bom ambiente entre colegas, coisa que nos dias que correm não é fácil num serviço público.
Na grande maioria dos locais de trabalho públicos, reina o disse que disse, os mexericos, os enredos para entalar o colega, o subir na carreira a troco de graxa e lambe botas, enfim, reina tudo menos o que devia reinar, afinal, é no trabalho que passamos a maior parte da vida, já que em casa é, quase só o ir dormir e pouco mais.
No local onde trabalho o bom ambiente já existiu mais, mas de quem terá sido a culpa? Minha? Das outras? Talvez de todos um pouco, talvez por coisas que nem nós sabemos dizer. No entanto, ainda somos uma secção unida onde, por vezes fazemos almoços em grupo, onde nos aniversários de cada um, há sempre uma pequena lembrança a dar ou receber, conforme o caso. Uma secção onde, quando cometemos um pequeno erro, a culpa não é deste ou daquele, É DE NÓS, a secção. E isto e bom, apenas por isso é que hoje fui trabalhar para tentarmos por o serviço mais em dia, aliás, se trabalhássemos fora de horas, tipo anuncio da Vodafone de 3 geração, depois do horário normal, as coisas andariam mais em dia. Ele é o telefone de minuto a minuto, as pessoas a tentarem resolver os seus problemas mas, têm que contar a historia da sua vida toda para percebermos, os pedidos dos chefes, as urgências para se fazer determinado oficio, que afinal, depois de feito, deixa de ser urgente.
Sábado em apenas pouco mais de 3 horas, conseguimos fazer mais do que num dia normal de trabalho, se bem que não tenha sido o suficiente mas, já foi melhor do que nada.
O que nos vale é termos a “certeza” de em breve recebermos uma medalha...de sabão ou de cartão, sem duvida alguma mas, no entanto, ficámos de consciência tranquila de que tentámos fazer o melhor que pudemos e humanamente possível.
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