Aqui será a areia fina...a falésia...onde, entre voos, poisarei para descansar e meditar, depois voltar a voar entre o azul do mar e o azul do céu.
quinta-feira, maio 27, 2004
Um simples Olhar
Olho para ti
e vejo-te para lá
de ti
do infinito
do teu olhar
Por detrás dessa mão
de dedos esguios
e perfeitos
vejo a perfeição
na linha da vida
Lábios curtos
sequiosos por um beijo
O Beijo adormecido
despertador de
sentidos e sentimentos
desejos e paixões
O ar que respiras
é incolor e puro
como puro é
o local por onde
inspiras
por onde
expiras.
O teu olhar
no infinito da existência
da existência finita
de um mar azul
e profundo,
de um céu
azul sem cor,
deixa-me...
Esse teu olhar
jovem e sem idade
de pensamentos
e esperanças mil
deixa-me...
Olhar sensual
simpático
misterioso
atraente e envolvente
deixa-me...
sem palavras ou fala
sem sensações ou sentidos
para poder descrever tudo,
tudo o que no fundo do teu olhar
me transmite sem me transmitires,
que afinal não passa
de um grão de areia minúsculo
onde está contida
toda a profundidade do universo infinito.
27 de Maio de 2004
Pequenas palavras para descrever a grandeza da foto acima, gentilmente cedida pela amiga Marilia, que mesmo não a conhecendo, parece que a conheço desde sempre. Para ela um beijo de simpatia e amizade.
e vejo-te para lá
de ti
do infinito
do teu olhar
Por detrás dessa mão
de dedos esguios
e perfeitos
vejo a perfeição
na linha da vida
Lábios curtos
sequiosos por um beijo
O Beijo adormecido
despertador de
sentidos e sentimentos
desejos e paixões
O ar que respiras
é incolor e puro
como puro é
o local por onde
inspiras
por onde
expiras.
O teu olhar
no infinito da existência
da existência finita
de um mar azul
e profundo,
de um céu
azul sem cor,
deixa-me...
Esse teu olhar
jovem e sem idade
de pensamentos
e esperanças mil
deixa-me...
Olhar sensual
simpático
misterioso
atraente e envolvente
deixa-me...
sem palavras ou fala
sem sensações ou sentidos
para poder descrever tudo,
tudo o que no fundo do teu olhar
me transmite sem me transmitires,
que afinal não passa
de um grão de areia minúsculo
onde está contida
toda a profundidade do universo infinito.
27 de Maio de 2004
Pequenas palavras para descrever a grandeza da foto acima, gentilmente cedida pela amiga Marilia, que mesmo não a conhecendo, parece que a conheço desde sempre. Para ela um beijo de simpatia e amizade.
quarta-feira, maio 26, 2004
EXTREME vão tocar na Ilha do Corvo
"Os Extreme, a banda do terceirense Nuno Bettencourt, vai reunir-se em Agosto para efectuar um concerto integrado na primeira edição do Festival dos Moinhos, que terá lugar na ilha do Corvo.
A banda, que alcançou sucesso em todo mundo com o tema “More Than Words” (primeiro lugar do top de singles dos Estados Unidos), separou-se em 1996, após nove anos de actividade.
O vocalista Gary Cherone foi para os Van Halen (de onde saiu entretanto) e Nuno Bettencourt apostou numa carreira a solo e com a banda Mouring Widows.
Vão estar na ilha do Corvo Gary Cherone, Nuno Bettencourt, Pat Badger e Paul Geary, os quatro elementos da formação original dos Extreme.
O Festival dos Moinhos terá lugar a 13, 14 e 15 de Agosto e a organização do evento espera atrair à mais pequena ilha do arquipélago cerca de mil visitantes.
Para além dos Extreme, estão já confirmadas para cartaz do Festival dos Moinhos as bandas The New Princess (França), Jindungo (banda que acompanha Jorge Palma), Pedro Camilo e o grupo piocense Why Not Band." Fonte - Diário Insular de 26 de Maio de 2004.
Até que enfim que alguém se lembra que esta ilha, a ilha do Corvo, com pouco mais de 200 habitantes, Portugal mais a ocidente da Europa, mesmo que apenas seja para dar música. Será que num futuro se tornará um Vilar de Mouros?
A banda, que alcançou sucesso em todo mundo com o tema “More Than Words” (primeiro lugar do top de singles dos Estados Unidos), separou-se em 1996, após nove anos de actividade.
O vocalista Gary Cherone foi para os Van Halen (de onde saiu entretanto) e Nuno Bettencourt apostou numa carreira a solo e com a banda Mouring Widows.
Vão estar na ilha do Corvo Gary Cherone, Nuno Bettencourt, Pat Badger e Paul Geary, os quatro elementos da formação original dos Extreme.
O Festival dos Moinhos terá lugar a 13, 14 e 15 de Agosto e a organização do evento espera atrair à mais pequena ilha do arquipélago cerca de mil visitantes.
Para além dos Extreme, estão já confirmadas para cartaz do Festival dos Moinhos as bandas The New Princess (França), Jindungo (banda que acompanha Jorge Palma), Pedro Camilo e o grupo piocense Why Not Band." Fonte - Diário Insular de 26 de Maio de 2004.
Até que enfim que alguém se lembra que esta ilha, a ilha do Corvo, com pouco mais de 200 habitantes, Portugal mais a ocidente da Europa, mesmo que apenas seja para dar música. Será que num futuro se tornará um Vilar de Mouros?
Divagações musicais
Gosto de quase todo o tipo de música, até das baladas dos grupos de Heavy Metal que, lamentavelmente, a outra música destes grupos não entram nos meus ouvidos. Não porque não possa prestar, mas sim, porque eu não sei apreciar.
Desde que me lembro, sempre ouvi música clássica. Desde que me lembro como pessoa que, para estudar, meditar, pensar ou, simplesmente ouvir, que a música clássica é a primeira a ser chamada.
Gosto do género Celta, Meditação ou New Age. Pop, rock, e outros também ouço, que se note mas...
Para mim a música Clássica é intemporal, sem tempo na historia já que corre pela historia toda. Desde Mozart, por exemplo, corro quase todos os compositores conhecidos e menos conhecidos.
Árias, óperas, concertos, requiems, marchas, isto entre outros estilos, que este nome se pode aplicar, tudo serve para ouvir e relaxar...quase tudo.
Introdução talvez grande demais para falar na música que acabei de ouvir. Acabei de ouvir Beethoven, mais propriamente “Funeral March” e, por incrível que pareça fez parte da banda sonora de um filme de ficção cientifica, género que sou adepto, mas sobre isso falarei noutra altura. Como diz o nome é uma marcha funerária mas, poderá servir para tal situação é claro mas, também para o sentido oposto, o do nascimento.
Do nascimento da vida de uma criança, de uma planta ou animal. Tal como com o Inverno onde a “morte” acontece na natureza, também com a Primavera há o renascimento da mesma e assim considero esta música. O renascimento de algo, mesmo que seja só dentro de nós.
Os primeiros acordes doces e ternos, como se abríssemos os olhos pela primeira vez frente à luz, à luz da vida. De seguida, a melodia cresce, aumenta o ritmo ordeiramente, ordenadamente, como se fossemos uma criança em direcção à adolescência, à maturidade e depois à maior idade, com tudo o que acontece nestas fases. Dúvidas, receios, anseios. Alegrias, risos e sorrisos.
Num golpe de génio, como génio era este grande compositor, passa pela fase adulta, por toda a fase adulta, com os prós e contras inerentes a este estatuto social...até à velhice...da idade.
Acaba...acaba quase como começou, com os acordes doces, suaves e ternos, como se a “morte” fosse isso mesmo, uma paz de espirito, doce entrega, suave embalo e terna ida, seja para onde for essa ida.
Comovi-me, como sempre, quando estou predisposto para ouvir este tipo de música que, quase a chamaria de sagrada.
Entretanto no Windows Media Player está a tocar “Moonlight Sonata” de Mozart. Uma composição soberba, melancólica mas também calma e relaxante só de piano e em diversos andamentos, mas dessa composição e outras, falarei noutra altura, tal como do meu género de filmes.
Desde que me lembro, sempre ouvi música clássica. Desde que me lembro como pessoa que, para estudar, meditar, pensar ou, simplesmente ouvir, que a música clássica é a primeira a ser chamada.
Gosto do género Celta, Meditação ou New Age. Pop, rock, e outros também ouço, que se note mas...
Para mim a música Clássica é intemporal, sem tempo na historia já que corre pela historia toda. Desde Mozart, por exemplo, corro quase todos os compositores conhecidos e menos conhecidos.
Árias, óperas, concertos, requiems, marchas, isto entre outros estilos, que este nome se pode aplicar, tudo serve para ouvir e relaxar...quase tudo.
Introdução talvez grande demais para falar na música que acabei de ouvir. Acabei de ouvir Beethoven, mais propriamente “Funeral March” e, por incrível que pareça fez parte da banda sonora de um filme de ficção cientifica, género que sou adepto, mas sobre isso falarei noutra altura. Como diz o nome é uma marcha funerária mas, poderá servir para tal situação é claro mas, também para o sentido oposto, o do nascimento.
Do nascimento da vida de uma criança, de uma planta ou animal. Tal como com o Inverno onde a “morte” acontece na natureza, também com a Primavera há o renascimento da mesma e assim considero esta música. O renascimento de algo, mesmo que seja só dentro de nós.
Os primeiros acordes doces e ternos, como se abríssemos os olhos pela primeira vez frente à luz, à luz da vida. De seguida, a melodia cresce, aumenta o ritmo ordeiramente, ordenadamente, como se fossemos uma criança em direcção à adolescência, à maturidade e depois à maior idade, com tudo o que acontece nestas fases. Dúvidas, receios, anseios. Alegrias, risos e sorrisos.
Num golpe de génio, como génio era este grande compositor, passa pela fase adulta, por toda a fase adulta, com os prós e contras inerentes a este estatuto social...até à velhice...da idade.
Acaba...acaba quase como começou, com os acordes doces, suaves e ternos, como se a “morte” fosse isso mesmo, uma paz de espirito, doce entrega, suave embalo e terna ida, seja para onde for essa ida.
Comovi-me, como sempre, quando estou predisposto para ouvir este tipo de música que, quase a chamaria de sagrada.
Entretanto no Windows Media Player está a tocar “Moonlight Sonata” de Mozart. Uma composição soberba, melancólica mas também calma e relaxante só de piano e em diversos andamentos, mas dessa composição e outras, falarei noutra altura, tal como do meu género de filmes.
segunda-feira, maio 24, 2004
Vertigem Azul... Á dias revi este filme, a versão longa. Não difere muito da versão original, apenas tem mais alguns minutos de filme.
Sempre gostei deste filme, desde que o vi pela primeira vez, lá pelo ano de 1988.
A banda sonora é divinal, é de Eric Serra. A música inicial, com a voz dos golfinhos em fundo dão um ar de...calma profunda.
O mergulho em apneia sempre me fascinou. Aquela sensação do encontro com o mar, um mundo em que nós gostariamos de ter nascido, pelo menos eu gostaria. O ficarmos sem respirar por algum tempo, em troca de algum prazer, introspecção, relaxamento, de encontro com o mar e aproximação aos nossos limites. Gostava de saber nadar para depois, aprender a mergulhar e no fim, o mergulho em apneia.
Um filme onde o mar e os golfinhos são os principais actores, onde o homem é secundário, sendo apenas um...essencial para a historia. Um homem que afinal não passa de um golfinho com corpo humano.
A cor, a fotografia, a historia, tudo isto faz com que este filme seja um filme intemporal, um filme sem tempo.
Um filme que revi e gostei. Aconselho a que goste do mar, de golfinhos e da interligação entre o homem e o animal, a amizade, a empatia entre dois seres diferentes mas, também semelhantes.
sexta-feira, maio 21, 2004
Memórias
Almoço na cantina da escola onde a minha cara metade trabalha.
Chamo-lhe de cara metade porque sem ela faltar-me-ia alguma coisa, talvez a outra metade de mim. Cara metade porque os dois somos como um só...e por aí diante, mas não é sobre isso que aqui estou.
Estou aqui, porque almocei na cantina de uma escola, como disse.
Memórias, lembranças, saudades (palavra nossa, tipicamente portuguesa), mil e uma coisa me vieram à lembrança, aos locais mais recônditos da minha mente onde, pensava já estarem gravadas essas imagens.
O barulho, típico por sinal, o cheiro a comida, as mochilas, livros, cadernos, tudo espalhado por sobre as mesas. As filas á espera da vez para levar a sua dose, as trocas de comida ou de fruta, tudo isso me fez recordar tempos idos, tempos em que eu também fui como eles, aluno, irreverente ou certinho, quem sabe? Quem se lembra?
Recordei-me de quando em grupo, lá íamos para a cantina comer com amigos e amigas, a fila interminável, e enquanto se esperava, falava-se deste e daquele professor, desta e daquela matéria, mais fácil ou mais difícil e deste(a) ou daquele(a) rapaz/rapariga. No meu caso era mais das raparigas...obviamente.
Lembrei-me dos beijos fortuitos que dava a uma, em especial, não na cara mas no canto do lábio, afinal...naquela altura, naquela época, apesar de já haver na algumas liberdades, não eram como agora que, a meu ver, já pecam por exagero mas isso, é a minha opinião. Aquele sabor doce do canto da sua boca era como se não estivesse ali, naquele momento. Não me recordo do seu nome, nem tão pouco do que é feito dela mas, neste momento ainda a consigo ver, a sorrir para mim, com aquele ar ternurento que ela tinha, ar de menina pura e sem malícia.
Chamar-se-ia Luisa ou Joana? Ana, talvez! Não, não me consigo lembrar do nome dela, mas consigo quase que vê-la, encostada a mim, aninhada a meu lado, promessas para um lado e para o outro, apenas promessas lançadas ao vento.
Os barulhos, os ruídos, o cheiro da cantina, fizeram-me voltar à realidade, esta realidade onde estou...ao pé da minha cara metade que adoro, que amo.
Chamo-lhe de cara metade porque sem ela faltar-me-ia alguma coisa, talvez a outra metade de mim. Cara metade porque os dois somos como um só...e por aí diante, mas não é sobre isso que aqui estou.
Estou aqui, porque almocei na cantina de uma escola, como disse.
Memórias, lembranças, saudades (palavra nossa, tipicamente portuguesa), mil e uma coisa me vieram à lembrança, aos locais mais recônditos da minha mente onde, pensava já estarem gravadas essas imagens.
O barulho, típico por sinal, o cheiro a comida, as mochilas, livros, cadernos, tudo espalhado por sobre as mesas. As filas á espera da vez para levar a sua dose, as trocas de comida ou de fruta, tudo isso me fez recordar tempos idos, tempos em que eu também fui como eles, aluno, irreverente ou certinho, quem sabe? Quem se lembra?
Recordei-me de quando em grupo, lá íamos para a cantina comer com amigos e amigas, a fila interminável, e enquanto se esperava, falava-se deste e daquele professor, desta e daquela matéria, mais fácil ou mais difícil e deste(a) ou daquele(a) rapaz/rapariga. No meu caso era mais das raparigas...obviamente.
Lembrei-me dos beijos fortuitos que dava a uma, em especial, não na cara mas no canto do lábio, afinal...naquela altura, naquela época, apesar de já haver na algumas liberdades, não eram como agora que, a meu ver, já pecam por exagero mas isso, é a minha opinião. Aquele sabor doce do canto da sua boca era como se não estivesse ali, naquele momento. Não me recordo do seu nome, nem tão pouco do que é feito dela mas, neste momento ainda a consigo ver, a sorrir para mim, com aquele ar ternurento que ela tinha, ar de menina pura e sem malícia.
Chamar-se-ia Luisa ou Joana? Ana, talvez! Não, não me consigo lembrar do nome dela, mas consigo quase que vê-la, encostada a mim, aninhada a meu lado, promessas para um lado e para o outro, apenas promessas lançadas ao vento.
Os barulhos, os ruídos, o cheiro da cantina, fizeram-me voltar à realidade, esta realidade onde estou...ao pé da minha cara metade que adoro, que amo.
quinta-feira, maio 20, 2004
Calma, paz profunda e tranquilidade
Hoje estou assim, calmo, com uma grande paz, tranquilidade, apesar do "caos" à minha volta. Não sei se será porque me sinto a voar por entre o azul do céu ou o azul do mar ou se será por me sentir bem comigo mesmo. Que importa?
Importa sim este estado de espirito, esta tranquilidade que, quase me faz sentir estar na Lua a olhar para este pedaço de azul no meio da noite eterna e, no entanto voo apenas por cima das nuvens, acima da mesquinhez dos homens e das restantes gaivotas que, apenas vivem para comer.
Importa sim este estado de espirito, esta tranquilidade que, quase me faz sentir estar na Lua a olhar para este pedaço de azul no meio da noite eterna e, no entanto voo apenas por cima das nuvens, acima da mesquinhez dos homens e das restantes gaivotas que, apenas vivem para comer.
Voar...
Gostava de poder voar, pairar no céu, flutuar por entre as nuvens brancas de algodão.
Ser um pássaro de ferro ou uma máquina de carne e osso.
Uma Andorinha na Primavera, um Condor pairando por sobre os Andes ou um mero Beija-flor tocando ao de leve nas flores mais raras e mais doces.
Também não me importava de ser um planador nas correntes de ar quente, um balão por sobre as montanhas verdejantes deste pais à beira mar plantado ou, uma asa delta por vales verdes e profundos.
Quem sabe, ser um anjo. Um anjo que além de voar, também anda no meio dos humanos, incapazes de o ver por serem “imperfeitos”, protegendo o seu protegido, desde o nascer do sol até a aurora da sua vida.
Gostava de poder voar livremente pelo céu azul, por entre as ondas do mar...apenas isso.
Ser um pássaro de ferro ou uma máquina de carne e osso.
Uma Andorinha na Primavera, um Condor pairando por sobre os Andes ou um mero Beija-flor tocando ao de leve nas flores mais raras e mais doces.
Também não me importava de ser um planador nas correntes de ar quente, um balão por sobre as montanhas verdejantes deste pais à beira mar plantado ou, uma asa delta por vales verdes e profundos.
Quem sabe, ser um anjo. Um anjo que além de voar, também anda no meio dos humanos, incapazes de o ver por serem “imperfeitos”, protegendo o seu protegido, desde o nascer do sol até a aurora da sua vida.
Gostava de poder voar livremente pelo céu azul, por entre as ondas do mar...apenas isso.
quarta-feira, maio 19, 2004
Verdades ou contradições?
Seremos uma realidade ou uma mera ficção, um sonho de outro alguém que não nosso?
Haverá um outro mundo, o mundo do além, limpo e puro ou, aquela luz ao fundo do túnel que muitos dizem ver, não passa de uma mera ilusão criada pelos nossos neurónios?
Haverá o bem e no seu oposto o mal, ou isto será uma mera criação do Homem?
Qual o propósito desta vida, para além da procriação e da satisfação dos nossos desejos?
Existirá o destino ou, o destino somos nós que o fazemos?
Mundos paralelos, vidas paralelas, opções a tomar em prol duma certeza incerta, será isso o efeito Borboleta?
Anjos ou Diabos, existirão realmente ou, as igrejas criaram-nos para nos fazerem ver que não passamos de meros mortais ainda que, de uma perspectiva diferente imortais?
Aqui ficam algumas das minhas verdades ou serão, as minhas contradições?
Haverá um outro mundo, o mundo do além, limpo e puro ou, aquela luz ao fundo do túnel que muitos dizem ver, não passa de uma mera ilusão criada pelos nossos neurónios?
Haverá o bem e no seu oposto o mal, ou isto será uma mera criação do Homem?
Qual o propósito desta vida, para além da procriação e da satisfação dos nossos desejos?
Existirá o destino ou, o destino somos nós que o fazemos?
Mundos paralelos, vidas paralelas, opções a tomar em prol duma certeza incerta, será isso o efeito Borboleta?
Anjos ou Diabos, existirão realmente ou, as igrejas criaram-nos para nos fazerem ver que não passamos de meros mortais ainda que, de uma perspectiva diferente imortais?
Aqui ficam algumas das minhas verdades ou serão, as minhas contradições?
terça-feira, maio 18, 2004
Um simples iogurte
No meio do caos no local de trabalho em que me encontro, no meio de papel e mais papel, telefonemas, chamadas, o entre e sai de gente chata, os pedidos Superiores...
...consegui um tempo para mim, para o meu bem estar, a minha auto-estima, paz e sossego, ainda que por breves minutos.
Minutos que pareceram horas, enquanto saboreava um iogurte cremoso, sedoso e envolvente.
Agora até pareceu um daqueles anúncios em que quando estão a comer um, reina a paz, o sossego, a calma à volta. Acho que vou dar a mão à palmatória, afinal, foi assim que me senti.
Pequenos prazeres...
...consegui um tempo para mim, para o meu bem estar, a minha auto-estima, paz e sossego, ainda que por breves minutos.
Minutos que pareceram horas, enquanto saboreava um iogurte cremoso, sedoso e envolvente.
Agora até pareceu um daqueles anúncios em que quando estão a comer um, reina a paz, o sossego, a calma à volta. Acho que vou dar a mão à palmatória, afinal, foi assim que me senti.
Pequenos prazeres...
segunda-feira, maio 17, 2004
Taça de Portugal
Não sou apreciador de futebol e, quando dá, salvo raras excepções, mudo de canal. Já lá vai o tempo em que tínhamos que ver aquele único canal que existia.
Tal como um professora de físico-química que tive quando andava na escola secundária, não sei qual a piada de ver 22 homens em cuecas atrás de uma bola. Mas também poderão dizer o mesmo de mim, que gosto de ver uma boa corrida de Formula 1, qual a piada de ver n carros a darem voltas e mais voltas numa pista...
Só gostava de jogar futebol, pelos milhões de euros que eles ganham anualmente, nada mais que isso e, por ser considerava uma profissão de desgaste rápido, ou seja, reformam-se na flor da idade.
Aliás, se pensarmos bem, existem muitos outros TRABALHOS que poderiam ser considerados como tal. Estou a lembrar-me de quem trabalha em escolas. Não só os professores mas, também os auxiliares de acção educativa. Aturar centenas, para não dizer milhares (dependendo da escola) de crianças, muitas delas, rebeldes, insatisfeitas, de zonas “problemáticas” é dose. Mas existem outros trabalhos, os quais, neste momento não me recordo...podia dizer o meu...que também considero como tal mas...
Independentemente de, se foi bem ou mal ganha a Taça de Portugal pelo Benfica, já que há sempre quem critique, confesso que gostei de ter sido o Benfica a ganhar e eu, não sou simpatizante deste clube, sou mais para o Verde esperança. Porquê?
Talvez tenha sido o meu lado alfacinha a vir ao de cima, o meu lado bairrista, o meu lado adormecido à cerca de 15 anos desde que aqui estou, quase tantos como os de Lisboa.
Tal como um professora de físico-química que tive quando andava na escola secundária, não sei qual a piada de ver 22 homens em cuecas atrás de uma bola. Mas também poderão dizer o mesmo de mim, que gosto de ver uma boa corrida de Formula 1, qual a piada de ver n carros a darem voltas e mais voltas numa pista...
Só gostava de jogar futebol, pelos milhões de euros que eles ganham anualmente, nada mais que isso e, por ser considerava uma profissão de desgaste rápido, ou seja, reformam-se na flor da idade.
Aliás, se pensarmos bem, existem muitos outros TRABALHOS que poderiam ser considerados como tal. Estou a lembrar-me de quem trabalha em escolas. Não só os professores mas, também os auxiliares de acção educativa. Aturar centenas, para não dizer milhares (dependendo da escola) de crianças, muitas delas, rebeldes, insatisfeitas, de zonas “problemáticas” é dose. Mas existem outros trabalhos, os quais, neste momento não me recordo...podia dizer o meu...que também considero como tal mas...
Independentemente de, se foi bem ou mal ganha a Taça de Portugal pelo Benfica, já que há sempre quem critique, confesso que gostei de ter sido o Benfica a ganhar e eu, não sou simpatizante deste clube, sou mais para o Verde esperança. Porquê?
Talvez tenha sido o meu lado alfacinha a vir ao de cima, o meu lado bairrista, o meu lado adormecido à cerca de 15 anos desde que aqui estou, quase tantos como os de Lisboa.
Amigas ou Colegas?
No passado Sábado fui trabalhar. Era Sábado e todos os meus colegas, quase todos melhor dizendo, ficaram nas suas casas.
Eu e mais 3 colegas fomos trabalhar...por amor à camisola obviamente, neste época de contenção de despesas públicas.
Não que tivesse ido com muita vontade, é certo mas, também elas devem ter ido com a mesma vontade. O que nos salva, para além da fé, é o facto de sermos uma Secção onde reina a paz, a calma aparente e o bom ambiente entre colegas, coisa que nos dias que correm não é fácil num serviço público.
Na grande maioria dos locais de trabalho públicos, reina o disse que disse, os mexericos, os enredos para entalar o colega, o subir na carreira a troco de graxa e lambe botas, enfim, reina tudo menos o que devia reinar, afinal, é no trabalho que passamos a maior parte da vida, já que em casa é, quase só o ir dormir e pouco mais.
No local onde trabalho o bom ambiente já existiu mais, mas de quem terá sido a culpa? Minha? Das outras? Talvez de todos um pouco, talvez por coisas que nem nós sabemos dizer. No entanto, ainda somos uma secção unida onde, por vezes fazemos almoços em grupo, onde nos aniversários de cada um, há sempre uma pequena lembrança a dar ou receber, conforme o caso. Uma secção onde, quando cometemos um pequeno erro, a culpa não é deste ou daquele, É DE NÓS, a secção. E isto e bom, apenas por isso é que hoje fui trabalhar para tentarmos por o serviço mais em dia, aliás, se trabalhássemos fora de horas, tipo anuncio da Vodafone de 3 geração, depois do horário normal, as coisas andariam mais em dia. Ele é o telefone de minuto a minuto, as pessoas a tentarem resolver os seus problemas mas, têm que contar a historia da sua vida toda para percebermos, os pedidos dos chefes, as urgências para se fazer determinado oficio, que afinal, depois de feito, deixa de ser urgente.
Sábado em apenas pouco mais de 3 horas, conseguimos fazer mais do que num dia normal de trabalho, se bem que não tenha sido o suficiente mas, já foi melhor do que nada.
O que nos vale é termos a “certeza” de em breve recebermos uma medalha...de sabão ou de cartão, sem duvida alguma mas, no entanto, ficámos de consciência tranquila de que tentámos fazer o melhor que pudemos e humanamente possível.
Eu e mais 3 colegas fomos trabalhar...por amor à camisola obviamente, neste época de contenção de despesas públicas.
Não que tivesse ido com muita vontade, é certo mas, também elas devem ter ido com a mesma vontade. O que nos salva, para além da fé, é o facto de sermos uma Secção onde reina a paz, a calma aparente e o bom ambiente entre colegas, coisa que nos dias que correm não é fácil num serviço público.
Na grande maioria dos locais de trabalho públicos, reina o disse que disse, os mexericos, os enredos para entalar o colega, o subir na carreira a troco de graxa e lambe botas, enfim, reina tudo menos o que devia reinar, afinal, é no trabalho que passamos a maior parte da vida, já que em casa é, quase só o ir dormir e pouco mais.
No local onde trabalho o bom ambiente já existiu mais, mas de quem terá sido a culpa? Minha? Das outras? Talvez de todos um pouco, talvez por coisas que nem nós sabemos dizer. No entanto, ainda somos uma secção unida onde, por vezes fazemos almoços em grupo, onde nos aniversários de cada um, há sempre uma pequena lembrança a dar ou receber, conforme o caso. Uma secção onde, quando cometemos um pequeno erro, a culpa não é deste ou daquele, É DE NÓS, a secção. E isto e bom, apenas por isso é que hoje fui trabalhar para tentarmos por o serviço mais em dia, aliás, se trabalhássemos fora de horas, tipo anuncio da Vodafone de 3 geração, depois do horário normal, as coisas andariam mais em dia. Ele é o telefone de minuto a minuto, as pessoas a tentarem resolver os seus problemas mas, têm que contar a historia da sua vida toda para percebermos, os pedidos dos chefes, as urgências para se fazer determinado oficio, que afinal, depois de feito, deixa de ser urgente.
Sábado em apenas pouco mais de 3 horas, conseguimos fazer mais do que num dia normal de trabalho, se bem que não tenha sido o suficiente mas, já foi melhor do que nada.
O que nos vale é termos a “certeza” de em breve recebermos uma medalha...de sabão ou de cartão, sem duvida alguma mas, no entanto, ficámos de consciência tranquila de que tentámos fazer o melhor que pudemos e humanamente possível.
1...6
Ás vezes penso “porque não me sai o totoloto?”
Já jogo desde que este jogo começou, à cerca de 18 anos, mais coisa menos coisa. Todas as semanas lá estou, quase que religiosamente, a registar o meu, á espera de ser essa semana a tal.
Já se passaram estes anos todos e, nada. Até mesmo um 3 é quase impossível sair e, quando saí, nem sequer dá para um café...curto.
Sai a tanta gente centenas de contos, milhares nos dias que correm e a mim...
Não digo que queria que saísse 500 mil contos, falando ainda em escudos, mas se saísse também não os ia deitar fora. Digo que, se me saísse apenas o suficiente para pagar a minha casa, já me sentia rico, a sério que sim.
Até no pedir um pobre é isso mesmo, pobre. Que importa?
Com o meu vencimento e o da minha mulher já dava para fazer uma vida desafogada, sem receio de “será que vai chegar ao fim do mês?”.
É um pedido de pobre, como sou, obviamente mas, um pedido tão simples, no meio de tanta gente que tem milhões, no meio de tanta gente que anseia por um cheque milionário e, mesmo assim, ainda não foi desta, acho eu. Talvez hoje tenha a sorte de ver os meus números sair, afinal, estão lá todos.
Não me importava que fosse a dividir por várias pessoas, a sério que não, desde que a minha parte fosse, o suficiente para não me preocupar todos os meses com as mesmas coisas, a prestação da casa, o pagamento da água, da luz, do telefone, do ATL do meu filho, etc, etc.
No meio deste meu desabafo, sei que existem pessoas piores do que eu, pessoas que nem casa têm, pessoas que não têm saúde, pessoas que não têm que comer, pessoas em que a sua vida é quase de sobrevivência diária.
Por isso, entre outras razões, é que me sentiria rico só com o suficiente...para viver esta vida que é tão efémera.
Porque não me saí o totoloto, apenas o quanto baste?
Já jogo desde que este jogo começou, à cerca de 18 anos, mais coisa menos coisa. Todas as semanas lá estou, quase que religiosamente, a registar o meu, á espera de ser essa semana a tal.
Já se passaram estes anos todos e, nada. Até mesmo um 3 é quase impossível sair e, quando saí, nem sequer dá para um café...curto.
Sai a tanta gente centenas de contos, milhares nos dias que correm e a mim...
Não digo que queria que saísse 500 mil contos, falando ainda em escudos, mas se saísse também não os ia deitar fora. Digo que, se me saísse apenas o suficiente para pagar a minha casa, já me sentia rico, a sério que sim.
Até no pedir um pobre é isso mesmo, pobre. Que importa?
Com o meu vencimento e o da minha mulher já dava para fazer uma vida desafogada, sem receio de “será que vai chegar ao fim do mês?”.
É um pedido de pobre, como sou, obviamente mas, um pedido tão simples, no meio de tanta gente que tem milhões, no meio de tanta gente que anseia por um cheque milionário e, mesmo assim, ainda não foi desta, acho eu. Talvez hoje tenha a sorte de ver os meus números sair, afinal, estão lá todos.
Não me importava que fosse a dividir por várias pessoas, a sério que não, desde que a minha parte fosse, o suficiente para não me preocupar todos os meses com as mesmas coisas, a prestação da casa, o pagamento da água, da luz, do telefone, do ATL do meu filho, etc, etc.
No meio deste meu desabafo, sei que existem pessoas piores do que eu, pessoas que nem casa têm, pessoas que não têm saúde, pessoas que não têm que comer, pessoas em que a sua vida é quase de sobrevivência diária.
Por isso, entre outras razões, é que me sentiria rico só com o suficiente...para viver esta vida que é tão efémera.
Porque não me saí o totoloto, apenas o quanto baste?
sexta-feira, maio 14, 2004
Comentários
Como disse no meu post de apresentação, não queria ter comentários a este meu diário, por achar que tirava a essência, a alma do mesmo.
No entanto, agora, alguns dias depois, constacto que, mesmo vindo a haver comentários, favoráveis ou não, a essência do mesmo continuará a existir, isto é, continuarei a escrever aquilo que quiser, independentemente do que digam. Continuarei a "divagar" pelos meus pensamentos, passados, presentes ou futuros.
É claro que vou ler atentamente os comentários que eventualmente venham a surgir, no entanto, não irão alterar assim tanto, aquilo que penso ou, melhor dizendo, aquilo que aqui escreverei.
Posto este dito por não dito, aqui, neste post, começará uma nova fase, ainda que a pessoa seja a mesma, eu...Fernão Capelo Gaivota.
No entanto, agora, alguns dias depois, constacto que, mesmo vindo a haver comentários, favoráveis ou não, a essência do mesmo continuará a existir, isto é, continuarei a escrever aquilo que quiser, independentemente do que digam. Continuarei a "divagar" pelos meus pensamentos, passados, presentes ou futuros.
É claro que vou ler atentamente os comentários que eventualmente venham a surgir, no entanto, não irão alterar assim tanto, aquilo que penso ou, melhor dizendo, aquilo que aqui escreverei.
Posto este dito por não dito, aqui, neste post, começará uma nova fase, ainda que a pessoa seja a mesma, eu...Fernão Capelo Gaivota.
quinta-feira, maio 13, 2004
12 de Maio...
Ontem, terça-feira dia 12 de Maio. Dia da procissão de velas do culto Mariano. Véspera da aparição de Maria aos 3 pastorinhos.
Ontem as velas foram por um ser humano, uma pessoa como eu, como nós, que foi macabramente assassinada...decapitada por extremistas.
Seja de que raça for, credo, cor ou convicção política, nada justifica o que se viu, o que vejo na minha mente vezes sem conta.
Quais terão sido as sensações, sentimentos ou emoções que naquela fracção de segundo sentiu?
Sensações naquela altura, poucas ou nenhumas.
Sentimentos, muitos de certeza. Deve ter visto toda a sua vida num abrir e fechar de olhos. Bons momentos, quase de certeza. Do nascimento até aquele minuto derradeiro.
Emoções...emoções...emoções, deve ter sentido, mais que não fosse, naquele momento em que sentiu o gume gelado da espada encostado ao pescoço quente, do sangue que corria nas sua veias.
Faz-me pensar...que afinal as imagens que têm corrido mundo, sobre atrocidades cometidas aos prisioneiros iraquianos, não passam de meras brincadeiras de crianças...ao pé destas imagens frias e desumanas que todos nós assistimos.
Leva-me a pensar que o pior ainda não chegou a acontecer, ou seja, aquele sentimento quase animal que dá pelo nome de Vingança. A vingança que os Americanos irão cometer, em nome do seu povo, do seu credo, da sua cor...fria, sem cor ou rosto. Agora, e não sendo eu pessimista, irá assistir-se a um agravar das atrocidades entre seres humanos, entre iraquianos e americanos, entre cristãos e muçulmanos.
Para aquele ser humano, deve ter sido uma fracção de segundo comparável a horas...
Choro por “ele” e por todos “eles” que são assassinados sem dó nem piedade.
Ontem as velas foram por um ser humano, uma pessoa como eu, como nós, que foi macabramente assassinada...decapitada por extremistas.
Seja de que raça for, credo, cor ou convicção política, nada justifica o que se viu, o que vejo na minha mente vezes sem conta.
Quais terão sido as sensações, sentimentos ou emoções que naquela fracção de segundo sentiu?
Sensações naquela altura, poucas ou nenhumas.
Sentimentos, muitos de certeza. Deve ter visto toda a sua vida num abrir e fechar de olhos. Bons momentos, quase de certeza. Do nascimento até aquele minuto derradeiro.
Emoções...emoções...emoções, deve ter sentido, mais que não fosse, naquele momento em que sentiu o gume gelado da espada encostado ao pescoço quente, do sangue que corria nas sua veias.
Faz-me pensar...que afinal as imagens que têm corrido mundo, sobre atrocidades cometidas aos prisioneiros iraquianos, não passam de meras brincadeiras de crianças...ao pé destas imagens frias e desumanas que todos nós assistimos.
Leva-me a pensar que o pior ainda não chegou a acontecer, ou seja, aquele sentimento quase animal que dá pelo nome de Vingança. A vingança que os Americanos irão cometer, em nome do seu povo, do seu credo, da sua cor...fria, sem cor ou rosto. Agora, e não sendo eu pessimista, irá assistir-se a um agravar das atrocidades entre seres humanos, entre iraquianos e americanos, entre cristãos e muçulmanos.
Para aquele ser humano, deve ter sido uma fracção de segundo comparável a horas...
Choro por “ele” e por todos “eles” que são assassinados sem dó nem piedade.
quarta-feira, maio 12, 2004
De...pressão
À pouco cruzei-me com uma amiga.
Estava mais magra, com um ar pesado no seu rosto e os olhos cansados.
Ela é que me chamou, porque eu ia á frente dela a ver montras, na minha hora de almoço...já que o tempo estava convidativo a passeios.
Perguntei-lhe como é que ela ia, ao qual me respondeu que estava de atestado.
Lembrei-me que tinha tido um filho à poucos meses e, como tal, deveria estar de atestado por isso, engano meu.
Estava de atestado por estar com uma grande depressão. Tinha ido à farmácia comprar alguns medicamentos que não tinha, que tinham acabado.
Fiquei com pena dela mas, de repente lembrei-me de mim, de quando também eu tive uma depressão. Nestas ocasiões, não se deve ter pena da pessoa mas sim, ajudá-la a olhar para o sol, no meio da escuridão onde se encontra.
Engraçado que quando alguém fala nisso, quem está de roda fica logo com “cara de parvo”, sem saber o que dizer, sem saber o que fazer, murmurando palavras sem nexo, por vezes, do género, isso vai passar.
Nestas alturas, digo eu que já passei por tal situação, deve-se é, dar animo, força de vontade, dizer para ir à luta, não pensar nos problemas mas sim nas soluções, passear...muito. Apanhar ar e sol...quanto baste. Espairecer...
O mais importante, para ela, seria ter alguém com quem falar, com quem desabafar, já que segundo ela, não tinha “ninguém” com quem fazer isso.
Apesar de saber que ela tem o meu número de telefone, apesar de saber que ela sabe onde moro, dei-lhe a dica de hoje ou amanhã aparecer lá por minha casa, que precisava de falar com ela por causa do seu serviço mas, na altura estava com pressa para entrar ao serviço e, o que era, não era algo profundo, apenas meras duvidas.
Vi no seu rosto um ligeiro sorriso, talvez de agradecimento, digo eu, mas um sorriso sincero e profundo, como se já há algum tempo não o fizesse assim, espontâneo.
Como disse, já estive lá no fundo da escuridão e custou-me olhar de novo para cima, para a luz que me cegava mas...com força, esperança e apoio, consegui chegar onde agora estou e, também é esse o meu desejo para quem está lá...no fundo e, se é uma pessoa amiga, ainda mais temos vontade de ajudar.
Enquanto escrevia isto, ligou-me a dizer se podia ir lá a casa logo à noite...apenas conversar...
Percebi a pergunta e ela, pelos vistos também percebeu a mão que lhe estendi minutos antes.
Espero que ela recupere, a sério que sim. Precisa, não só por 3 filhos que tem, como também, merecer.
Talvez “amanhã” já esteve melhor...
Estava mais magra, com um ar pesado no seu rosto e os olhos cansados.
Ela é que me chamou, porque eu ia á frente dela a ver montras, na minha hora de almoço...já que o tempo estava convidativo a passeios.
Perguntei-lhe como é que ela ia, ao qual me respondeu que estava de atestado.
Lembrei-me que tinha tido um filho à poucos meses e, como tal, deveria estar de atestado por isso, engano meu.
Estava de atestado por estar com uma grande depressão. Tinha ido à farmácia comprar alguns medicamentos que não tinha, que tinham acabado.
Fiquei com pena dela mas, de repente lembrei-me de mim, de quando também eu tive uma depressão. Nestas ocasiões, não se deve ter pena da pessoa mas sim, ajudá-la a olhar para o sol, no meio da escuridão onde se encontra.
Engraçado que quando alguém fala nisso, quem está de roda fica logo com “cara de parvo”, sem saber o que dizer, sem saber o que fazer, murmurando palavras sem nexo, por vezes, do género, isso vai passar.
Nestas alturas, digo eu que já passei por tal situação, deve-se é, dar animo, força de vontade, dizer para ir à luta, não pensar nos problemas mas sim nas soluções, passear...muito. Apanhar ar e sol...quanto baste. Espairecer...
O mais importante, para ela, seria ter alguém com quem falar, com quem desabafar, já que segundo ela, não tinha “ninguém” com quem fazer isso.
Apesar de saber que ela tem o meu número de telefone, apesar de saber que ela sabe onde moro, dei-lhe a dica de hoje ou amanhã aparecer lá por minha casa, que precisava de falar com ela por causa do seu serviço mas, na altura estava com pressa para entrar ao serviço e, o que era, não era algo profundo, apenas meras duvidas.
Vi no seu rosto um ligeiro sorriso, talvez de agradecimento, digo eu, mas um sorriso sincero e profundo, como se já há algum tempo não o fizesse assim, espontâneo.
Como disse, já estive lá no fundo da escuridão e custou-me olhar de novo para cima, para a luz que me cegava mas...com força, esperança e apoio, consegui chegar onde agora estou e, também é esse o meu desejo para quem está lá...no fundo e, se é uma pessoa amiga, ainda mais temos vontade de ajudar.
Enquanto escrevia isto, ligou-me a dizer se podia ir lá a casa logo à noite...apenas conversar...
Percebi a pergunta e ela, pelos vistos também percebeu a mão que lhe estendi minutos antes.
Espero que ela recupere, a sério que sim. Precisa, não só por 3 filhos que tem, como também, merecer.
Talvez “amanhã” já esteve melhor...
terça-feira, maio 11, 2004
A casa do Martins
Mais uma vez falo dos meus amigos, para quem ás vezes se queixa de falta de amigos, por vezes, sem nos falarem, lembram-se de nós.
Desta feita porque, como fiz anos à dias atrás, no mês passado mais precisamente, mandou-me 2 cd`s.
Um dos eternos U2, um grupo da minha época, da minha geração e que me influenciou bastante, mesmo sem saber em quê. Gosto de ouvi-los, as músicas, as letras e, também recebi um “Best Off” dos Housemartins e, como diria esse Amigo, a Casa do Martins, a minha casa por sinal.
Tudo isto porque me apeteceu falar neste segundo grupo, já que o primeiro estaria para aqui a falar até ao dia de amanhã e, como ia dizendo este último, um grupo irreverente mas também simpático. Com músicas engraçadas e letras a condizer.
Adoro particularmente aquele música que dá pelo nome de Caravan of Love. Uma música bastante calma com uma letra simpática, tipo anos 60...Paz e Amor...fez-me recordar coisas bonitas, coisas boas.
Bem, apeteceu-me falar neste grupo, apenas a propósito deste cd, que coisa estranha esta.
Desta feita porque, como fiz anos à dias atrás, no mês passado mais precisamente, mandou-me 2 cd`s.
Um dos eternos U2, um grupo da minha época, da minha geração e que me influenciou bastante, mesmo sem saber em quê. Gosto de ouvi-los, as músicas, as letras e, também recebi um “Best Off” dos Housemartins e, como diria esse Amigo, a Casa do Martins, a minha casa por sinal.
Tudo isto porque me apeteceu falar neste segundo grupo, já que o primeiro estaria para aqui a falar até ao dia de amanhã e, como ia dizendo este último, um grupo irreverente mas também simpático. Com músicas engraçadas e letras a condizer.
Adoro particularmente aquele música que dá pelo nome de Caravan of Love. Uma música bastante calma com uma letra simpática, tipo anos 60...Paz e Amor...fez-me recordar coisas bonitas, coisas boas.
Bem, apeteceu-me falar neste grupo, apenas a propósito deste cd, que coisa estranha esta.
Nordico...talvez!
Uma grande amiga minha, mesmo sem a conhecer, hoje deu-me um gosto, acordou-me um desejo adormecido, mandou-me um endereço onde tinha fotografias, muitas fotografias do Alaska.
Às vezes sinto que devo ter antecedentes nórdicos, quer sejam do Alaska, da Noruega, da Finlândia, da Sibéria ou da Islândia. Lá no meu fundo puro, talvez aprisionado de alguma reencarnação, quando me deparo com imagens assim, como as que hoje recebi, como alguns documentários que na televisão vejo, algo em mim dispara sem disparar. Algo mexe comigo sem me sentir.
Como fico estupefacto ao ver aqueles jardins brancos de pura neve, aquele sol mais claro, mais vivo, do que aqui.
Fico sem palavras ao sentir, ainda que sem sentir, aquele frio seco e gelado a passar pela minha cara numa manhã ou num fim de tarde.
A arquitectura dos glaciares, a água pura e cristalina do mar e dos rios, os animais que quase os sinto como amigos, apesar de também serem o sustento das populações, são de uma beleza incomparável.
Os longos meses de noite atrás de noite e, os meses longos de dia atrás de dia onde, a luz do dia é por poucas horas ou a noite uns meros minutos.
As auroras boreais, mágicas sem duvida alguma, ainda que cientificamente provadas e comprovadas.
Por vezes sinto que é ali o meu refúgio, o meu destino talvez.
Por vezes sinto que no meio dessas paisagens, existe algo que me pertence, algo que fará de mim uma pessoa completa.
Sinto por dentro mas, por fora não transpareço isso, esse desejo reprimido de lá ir, a esse mundo gelado sem dúvida mas, puro, calmo e tranquilizante, por certo.
A esse mundo que não sendo meu, eu faço parte dele. A essas paisagens belas, sublimes, estonteantes até.
Quando se fala em cruzeiros, falasse logo no Mediterrâneo, nas Canárias ou outro sitio qualquer mas, de praias de areia extensa e água quente, eu...
Bem eu penso logo nos países nórdicos e, se possível no Outono ou Inverno, mais agreste mas, mais a realidade que gostaria de sentir.
Estas imagens fizeram-me sonhar com coisas que não conheço mas que gostaria de conhecer, ver, sentir, cheirar ou tocar.
Estas belas imagens fizeram-me sentir isso ou, será que já senti isso e agora, o que sinto quando as vejo é nostalgia, meras recordações de tempos idos a misturam-se com imagens recentes?
Não sei e pouco importa, apenas importa que na retina dos meus olhos ficaram estas imagens e com elas vou dormir e sonhar com tempos idos ou vindouros.
Às vezes sinto que devo ter antecedentes nórdicos, quer sejam do Alaska, da Noruega, da Finlândia, da Sibéria ou da Islândia. Lá no meu fundo puro, talvez aprisionado de alguma reencarnação, quando me deparo com imagens assim, como as que hoje recebi, como alguns documentários que na televisão vejo, algo em mim dispara sem disparar. Algo mexe comigo sem me sentir.
Como fico estupefacto ao ver aqueles jardins brancos de pura neve, aquele sol mais claro, mais vivo, do que aqui.
Fico sem palavras ao sentir, ainda que sem sentir, aquele frio seco e gelado a passar pela minha cara numa manhã ou num fim de tarde.
A arquitectura dos glaciares, a água pura e cristalina do mar e dos rios, os animais que quase os sinto como amigos, apesar de também serem o sustento das populações, são de uma beleza incomparável.
Os longos meses de noite atrás de noite e, os meses longos de dia atrás de dia onde, a luz do dia é por poucas horas ou a noite uns meros minutos.
As auroras boreais, mágicas sem duvida alguma, ainda que cientificamente provadas e comprovadas.
Por vezes sinto que é ali o meu refúgio, o meu destino talvez.
Por vezes sinto que no meio dessas paisagens, existe algo que me pertence, algo que fará de mim uma pessoa completa.
Sinto por dentro mas, por fora não transpareço isso, esse desejo reprimido de lá ir, a esse mundo gelado sem dúvida mas, puro, calmo e tranquilizante, por certo.
A esse mundo que não sendo meu, eu faço parte dele. A essas paisagens belas, sublimes, estonteantes até.
Quando se fala em cruzeiros, falasse logo no Mediterrâneo, nas Canárias ou outro sitio qualquer mas, de praias de areia extensa e água quente, eu...
Bem eu penso logo nos países nórdicos e, se possível no Outono ou Inverno, mais agreste mas, mais a realidade que gostaria de sentir.
Estas imagens fizeram-me sonhar com coisas que não conheço mas que gostaria de conhecer, ver, sentir, cheirar ou tocar.
Estas belas imagens fizeram-me sentir isso ou, será que já senti isso e agora, o que sinto quando as vejo é nostalgia, meras recordações de tempos idos a misturam-se com imagens recentes?
Não sei e pouco importa, apenas importa que na retina dos meus olhos ficaram estas imagens e com elas vou dormir e sonhar com tempos idos ou vindouros.
segunda-feira, maio 10, 2004
Sem sabor...aparentemente
Porque será que existem alimentos dos quais gostamos bastante mas que, apesar do seu sabor ser ausente, ou seja, sem sabor algum, por vezes sentimos falta de os comer?
Como exemplo, estou a lembrar-me dos cogumelos, dos rebentos de soja, entre outros que, não passamos sem eles e, no entanto, a nada sabem...ou será que sabem mas as papilas gustativas não detectam?
Como exemplo, estou a lembrar-me dos cogumelos, dos rebentos de soja, entre outros que, não passamos sem eles e, no entanto, a nada sabem...ou será que sabem mas as papilas gustativas não detectam?
Carta a uma Borboleta
Nesta praia onde me encontro, por cima desta areia preta onde a água vai e vem no seu infinito movimento ondulatório, olho em frente, no infinito da imensidão do mar.
As outras gaivotas voam em intermináveis círculos á procura de comida, de sustento. No entanto, apesar de precisar de me alimentar, sinto-me bem aqui, a olhar para ti.
No meio destas tontas, sinto-me um Robison Crusoé, sozinho nesta ilha, apesar de estar no meio de uma multidão.
Tu, minha borboleta, com as tuas cores multicolores, por vezes fazem-me sentir quase que embriagado.
Vejo-te a voar de flor em flor, ramo em ramo. Lembro-me de quando ainda eras uma pequena larva, uma minhoca sem aspecto definido, pelo menos para mim.
Hoje em dia, de minhoca nada tens e eu, continuo sem cor aparente, no meio de tons de cinzento.
Por vezes, se não fosse sentir essa ideia que aqui, consigo ver-te aí...longe daqui mas, ao mesmo tempo como que estando tu aqui ou eu aí, acho que já tinha partido para outros voos, para mais longe. Mais longe daqui, mais longe de tudo e de todos.
Obrigado minha borboleta por pairares no meu céu de quando em vez.
As outras gaivotas voam em intermináveis círculos á procura de comida, de sustento. No entanto, apesar de precisar de me alimentar, sinto-me bem aqui, a olhar para ti.
No meio destas tontas, sinto-me um Robison Crusoé, sozinho nesta ilha, apesar de estar no meio de uma multidão.
Tu, minha borboleta, com as tuas cores multicolores, por vezes fazem-me sentir quase que embriagado.
Vejo-te a voar de flor em flor, ramo em ramo. Lembro-me de quando ainda eras uma pequena larva, uma minhoca sem aspecto definido, pelo menos para mim.
Hoje em dia, de minhoca nada tens e eu, continuo sem cor aparente, no meio de tons de cinzento.
Por vezes, se não fosse sentir essa ideia que aqui, consigo ver-te aí...longe daqui mas, ao mesmo tempo como que estando tu aqui ou eu aí, acho que já tinha partido para outros voos, para mais longe. Mais longe daqui, mais longe de tudo e de todos.
Obrigado minha borboleta por pairares no meu céu de quando em vez.
sexta-feira, maio 07, 2004
Meia hora
Já há longos tempos que não ia ao jardim, há tempo demais por sinal.
Hoje depois do almoço e, como o tempo estava convidativo dirigi-me até ele, aqui quase ao lado do serviço.
Entrei e dei-me conta que estava quase vazio mas, também não tinha ali ido para ver seja quem fosse.
Caminhei alguns passos e, parei no pequeno lago onde peixes cor de laranja andavam de um lado para o outro sem rumo aparente. Também, dali não saem, como havia de saber para onde ir? O mais provável seria que andavam à procura de comida, mas essa, desta vez não os consolei.
No meio de vários bancos, típicos de jardim, sentei-me num onde o sol não chegava e a brisa da árvore que por cima me olhava, dava um ar fresco e suave.
De repente, senti-me quase no paraíso, se bem que não saiba o que é mas, calculo que seja algo parecido, onde reine a paz, como aqui.
Pássaros, muitos pássaros nas árvores poisados cantavam melodias calmas e serenas.
Fechei os olhos para saborear melhor o momento.
No meio daquela quietude quase angelical, senti-me bem...muito bem.
A brisa morna, o ar fresco, a orquestra, tudo em uníssono neste quase paraíso, como uma massagem daquelas boas que nos põe relaxados, demais por vezes, fez-me sentir outra pessoa. Uma pessoa capaz de mudar o mundo mas, não era isso que eu queria naquele momento.
Olhei para o relógio e, o tempo que me pareceu ter estado ali afinal, tinha sido quase o dobro. Meia hora se tinha passado e eu nem me tinha apercebido.
Saí com uma paz de espírito imensa em direcção ao meu serviço onde, reina tudo menos a paz.
Outro dia hei-de lá voltar, com mais calma, com mais tempo. Talvez não esteja predisposto como hoje mas, no entanto, talvez esta sensação volte a reinar dentro do meu ser.
Hoje depois do almoço e, como o tempo estava convidativo dirigi-me até ele, aqui quase ao lado do serviço.
Entrei e dei-me conta que estava quase vazio mas, também não tinha ali ido para ver seja quem fosse.
Caminhei alguns passos e, parei no pequeno lago onde peixes cor de laranja andavam de um lado para o outro sem rumo aparente. Também, dali não saem, como havia de saber para onde ir? O mais provável seria que andavam à procura de comida, mas essa, desta vez não os consolei.
No meio de vários bancos, típicos de jardim, sentei-me num onde o sol não chegava e a brisa da árvore que por cima me olhava, dava um ar fresco e suave.
De repente, senti-me quase no paraíso, se bem que não saiba o que é mas, calculo que seja algo parecido, onde reine a paz, como aqui.
Pássaros, muitos pássaros nas árvores poisados cantavam melodias calmas e serenas.
Fechei os olhos para saborear melhor o momento.
No meio daquela quietude quase angelical, senti-me bem...muito bem.
A brisa morna, o ar fresco, a orquestra, tudo em uníssono neste quase paraíso, como uma massagem daquelas boas que nos põe relaxados, demais por vezes, fez-me sentir outra pessoa. Uma pessoa capaz de mudar o mundo mas, não era isso que eu queria naquele momento.
Olhei para o relógio e, o tempo que me pareceu ter estado ali afinal, tinha sido quase o dobro. Meia hora se tinha passado e eu nem me tinha apercebido.
Saí com uma paz de espírito imensa em direcção ao meu serviço onde, reina tudo menos a paz.
Outro dia hei-de lá voltar, com mais calma, com mais tempo. Talvez não esteja predisposto como hoje mas, no entanto, talvez esta sensação volte a reinar dentro do meu ser.
Um sonho...apenas isso
O sol acordou neste dia com força, vontade e quente mas, não tão quente como o sonho escaldante que tive. Escaldante para mim, pecaminoso para outras pessoas.
Sonhei com uma colega minha. Uma quarentona mas, daqueles que ainda rompem sapatos interiores, daquelas que põe uma rapariga na casa do vinte a um canto, no que toca a uma relação sexual.
É uma colega que, talvez por força da sua actividade física, tem tudo no lugar e, nalguns casos, até mais que muitas mais novas.
Pessoalmente, sinto-me mais atraído por mulheres na minha faixa etária ou, como esta, na casa dos quarenta e poucos...vai-se lá saber o porquê. Por isso, custa-me a compreender a pedofilia, pedofilia no sentido de relações entre um homem e uma rapariga menor, que não sendo indefesa esta última, ainda lhe falta muito para dar prazer. Prazer como eu gosto, um prazer prolongado com preliminares sublimes a tombarem para o erótico. Prazer como um taurino que sou gosta de sentir.
Por entre os lençóis de cetim sem cor definida, numa cama conhecida mas ao mesmo tempo desconhecida, os nossos corpos transpirados de suor e luxuria transmitiam um ao outro, por entre gemidos mudos, o desejo latente, adormecido que dentro de nós devia estar oprimido.
Depois de horas, minutos talvez, o prazer tinha chegado ao seu clímax, ambos tínhamos chegado ao supra sumo, ao desejo mais desejado.
Acordei e, ao meu lado estava a minha mulher que dormia um sono, o sono dos justos. Por momentos senti-me como se tivesse cometido adultério, sem o ter cometido. Por momentos senti-me bem, não que esteja mal com quem ao meu lado dormia mas, porque aquele sonho tinha sido divinal, tinha sido apenas isso.
Cheguei ao trabalho e cruzei-me com esta colega. Senti-me mal, por segundos admito. Senti que explorei, usei e abusei de um corpo que não conhecia, de um corpo que não era meu, de um corpo que não tinha sido entregue de livre iniciativa, de espontânea vontade.
Depois destes segundos, milésimos quem sabe, dei-lhe um bom dia sorridente, confiante e triunfante. Porquê triunfante? Talvez porque o desejo que por vezes sinto de olhos abertos, foi realizado noutro mundo, no mundo dos sonhos onde, não existe o pecado, o adultério ou o mal estar, que possivelmente haveria, se não fosse nesse mundo.
Agora...
Agora recordo este sonho, que apesar de ter sido esta noite, recordo-o com nostalgia, como se o mesmo já tivesse acontecido á meses, anos, décadas, quem sabe?
Sonhei com uma colega minha. Uma quarentona mas, daqueles que ainda rompem sapatos interiores, daquelas que põe uma rapariga na casa do vinte a um canto, no que toca a uma relação sexual.
É uma colega que, talvez por força da sua actividade física, tem tudo no lugar e, nalguns casos, até mais que muitas mais novas.
Pessoalmente, sinto-me mais atraído por mulheres na minha faixa etária ou, como esta, na casa dos quarenta e poucos...vai-se lá saber o porquê. Por isso, custa-me a compreender a pedofilia, pedofilia no sentido de relações entre um homem e uma rapariga menor, que não sendo indefesa esta última, ainda lhe falta muito para dar prazer. Prazer como eu gosto, um prazer prolongado com preliminares sublimes a tombarem para o erótico. Prazer como um taurino que sou gosta de sentir.
Por entre os lençóis de cetim sem cor definida, numa cama conhecida mas ao mesmo tempo desconhecida, os nossos corpos transpirados de suor e luxuria transmitiam um ao outro, por entre gemidos mudos, o desejo latente, adormecido que dentro de nós devia estar oprimido.
Depois de horas, minutos talvez, o prazer tinha chegado ao seu clímax, ambos tínhamos chegado ao supra sumo, ao desejo mais desejado.
Acordei e, ao meu lado estava a minha mulher que dormia um sono, o sono dos justos. Por momentos senti-me como se tivesse cometido adultério, sem o ter cometido. Por momentos senti-me bem, não que esteja mal com quem ao meu lado dormia mas, porque aquele sonho tinha sido divinal, tinha sido apenas isso.
Cheguei ao trabalho e cruzei-me com esta colega. Senti-me mal, por segundos admito. Senti que explorei, usei e abusei de um corpo que não conhecia, de um corpo que não era meu, de um corpo que não tinha sido entregue de livre iniciativa, de espontânea vontade.
Depois destes segundos, milésimos quem sabe, dei-lhe um bom dia sorridente, confiante e triunfante. Porquê triunfante? Talvez porque o desejo que por vezes sinto de olhos abertos, foi realizado noutro mundo, no mundo dos sonhos onde, não existe o pecado, o adultério ou o mal estar, que possivelmente haveria, se não fosse nesse mundo.
Agora...
Agora recordo este sonho, que apesar de ter sido esta noite, recordo-o com nostalgia, como se o mesmo já tivesse acontecido á meses, anos, décadas, quem sabe?
quinta-feira, maio 06, 2004
Gostos
Gosto de viver onde vivo.
Às vezes olho para trás e dou conta que já tenho quase tanto tempo daqui, como da terra que me viu nascer. Não me queixo disso, que se note.
Lá, essa terra que me viu nascer é mais badalada, tem mais que fazer, à mais onde ir, mas também, é mais agressiva, mais cansativa, mais impessoal. Não me vejo a voltar definitivamente, apenas de ferias, curtas ou de alguns meses mas, apenas isso.
Aqui onde vivo, apesar de pequena e rodeada de mar, sinto-me mais à vontade, é menos agressiva, apesar de não ter tanto onde ir, tanto que fazer, enfim são opções.
Lembro-me que quando pela manhã ia trabalhar apanhava sempre os mesmos autocarros, o 56 para o Areeiro e mais um para o Aeroporto e, no entanto, apesar das caras serem quase sempre as mesmas, havia sempre aquele ar de desconfiados no ar.
Apesar de já senti-los quase como família, de saber quem era quem, onde entrava e onde saía ou, quando um dia não entrava na paragem do costume, ficar a pensar o que teria acontecido, havia sempre aquela distância de segurança.
Era pena o que sentia mas, percebia já que eu, se calhar sem me aperceber fazia o mesmo. Era pena, porque durante quase 45 minutos de viagem, poderiam ter feitas algumas amizades e não forma feitas. Até, poderiam ter havido casamentos entre alguns passageiros, onde me incluo como tal mas, sempre as mesmas caras pálidas e sem sentimentos.
Aqui, bem aqui as coisas são um pouco diferentes. Aqui, quando entro no mini-autocarro do parque de estacionamento exterior à cidade em direcção ao centro, mal se entra, já o condutor está a dar uns bons dias sorridentes. Mal me sento, se alguém se senta ao pé de mim, começa-se logo a falar, mais que não seja do estado do tempo.
Ao contrário de alguns familiares que já me visitaram, que se sentiam presos, porque não tinha como sair daqui, sem ser de avião, sinto-me liberto.
Liberto ao olhar o mar e senti-lo como uma extensão de mim, liberto porque sinto os meus pensamentos como cartas, cartas metidas dentro de garrafas e atiradas á água em direcção a qualquer parte ou a parte nenhuma.
Contemplo o mar, na sua imensidão azul e, ao contemplá-lo sinto que a distância que me separa dessa terra é a mesma que me une...num cordão umbilical invisível.
Gosto de viver aqui, nesta ilha de Jesus, mesmo que para isso, tenha abdicado de muitas coisas, materiais talvez.
Às vezes olho para trás e dou conta que já tenho quase tanto tempo daqui, como da terra que me viu nascer. Não me queixo disso, que se note.
Lá, essa terra que me viu nascer é mais badalada, tem mais que fazer, à mais onde ir, mas também, é mais agressiva, mais cansativa, mais impessoal. Não me vejo a voltar definitivamente, apenas de ferias, curtas ou de alguns meses mas, apenas isso.
Aqui onde vivo, apesar de pequena e rodeada de mar, sinto-me mais à vontade, é menos agressiva, apesar de não ter tanto onde ir, tanto que fazer, enfim são opções.
Lembro-me que quando pela manhã ia trabalhar apanhava sempre os mesmos autocarros, o 56 para o Areeiro e mais um para o Aeroporto e, no entanto, apesar das caras serem quase sempre as mesmas, havia sempre aquele ar de desconfiados no ar.
Apesar de já senti-los quase como família, de saber quem era quem, onde entrava e onde saía ou, quando um dia não entrava na paragem do costume, ficar a pensar o que teria acontecido, havia sempre aquela distância de segurança.
Era pena o que sentia mas, percebia já que eu, se calhar sem me aperceber fazia o mesmo. Era pena, porque durante quase 45 minutos de viagem, poderiam ter feitas algumas amizades e não forma feitas. Até, poderiam ter havido casamentos entre alguns passageiros, onde me incluo como tal mas, sempre as mesmas caras pálidas e sem sentimentos.
Aqui, bem aqui as coisas são um pouco diferentes. Aqui, quando entro no mini-autocarro do parque de estacionamento exterior à cidade em direcção ao centro, mal se entra, já o condutor está a dar uns bons dias sorridentes. Mal me sento, se alguém se senta ao pé de mim, começa-se logo a falar, mais que não seja do estado do tempo.
Ao contrário de alguns familiares que já me visitaram, que se sentiam presos, porque não tinha como sair daqui, sem ser de avião, sinto-me liberto.
Liberto ao olhar o mar e senti-lo como uma extensão de mim, liberto porque sinto os meus pensamentos como cartas, cartas metidas dentro de garrafas e atiradas á água em direcção a qualquer parte ou a parte nenhuma.
Contemplo o mar, na sua imensidão azul e, ao contemplá-lo sinto que a distância que me separa dessa terra é a mesma que me une...num cordão umbilical invisível.
Gosto de viver aqui, nesta ilha de Jesus, mesmo que para isso, tenha abdicado de muitas coisas, materiais talvez.
terça-feira, maio 04, 2004
Este Mundo
Vivemos num Mundo pequeno, onde a terra é apenas 1/3 da sua área. Um mundo onde 2/3 são cobertos de água e, desses 2/3 pouco ou nada sabemos.
Um mundo de opostos onde, se por um lado já fomos à Lua e estamos a caminho do espaço profundo, por outro, ainda existem povos, populações que vivem na idade da pedra, na idade do bronze ou, na idade média.
Contradições também porque, sabemos o que é o genocídio, a xenofobia, o racismo e outras facções semelhantes mas, no entanto, ainda existem pessoas que acham isso o melhor para o povo.
Local onde existe quem sobreviva com um míseros 5000 euros por mês e outros que vivem sem dinheiro.
O silêncio do ateísmo contrapõe-se com o fanatismo religioso.
Vivemos num mundo tão pequeno e, no entanto tão imenso de opostos.
Gosto deste mundo que, afinal é o único, que até agora conhecemos como habitável...se bem que a Lua deva ser um local mais calmo e mais relaxante.
Um mundo de opostos onde, se por um lado já fomos à Lua e estamos a caminho do espaço profundo, por outro, ainda existem povos, populações que vivem na idade da pedra, na idade do bronze ou, na idade média.
Contradições também porque, sabemos o que é o genocídio, a xenofobia, o racismo e outras facções semelhantes mas, no entanto, ainda existem pessoas que acham isso o melhor para o povo.
Local onde existe quem sobreviva com um míseros 5000 euros por mês e outros que vivem sem dinheiro.
O silêncio do ateísmo contrapõe-se com o fanatismo religioso.
Vivemos num mundo tão pequeno e, no entanto tão imenso de opostos.
Gosto deste mundo que, afinal é o único, que até agora conhecemos como habitável...se bem que a Lua deva ser um local mais calmo e mais relaxante.
24 horas?
A vida corre a passos largos.
Engraçado o dia ter 24 horas e, no entanto, parecerem menos do isso. Lembro-me de na minha infância que, as férias grandes eram isso mesmo...GRANDES, as datas festivas demoravam imenso a chegarem, quer fosse o Aniversário ou o Natal, em especial.
Hoje, bem hoje até para o meu filho com apenas 7 anos, acha que o tempo passa a correr, mais depressa do que ele queria, mais depressa do que eu queria. Porque será, se tal como já disse, as 24 horas continuam a ser 24 horas?
Será porque agora existem mil e uma coisas para fazer, mesmo as que não servem para nada, que nos rouba tempo?
Será porque o trabalho agora é mais intenso do que era antes?
Será porque queremos fazer imensas coisas ao mesmo tempo e, em tempos idos fazíamos uma atrás da outra?
Não me sinto velho e, como costumo dizer, ainda vou a ¼ do que espero viver (visão optimista), mas as coisas parecem passar a correr.
Ás vezes penso, visão ficçionista talvez, que estamos perante uma alteração do que é denominado espaço/tempo, ou seja, a compressão do tempo face ao espaço em que estamos, isto é, o espaço é o mesmo mas, as 24 horas que aparentemente o são, não chegam a ser.
Bem, acho que por hoje já divaguei um pouco por uma área que me é querida, a ficção cientifica, se bem que o que hoje é ficção amanhã poderá ser realidade.
O tempo passa e nem nos damos conta.
Deitamo-nos e logo já está na hora de nos levantarmos.
Começamos a trabalhar e quando parece que estamos a começar a fazer algo, já chegou a hora de sair.
Ainda “ontem” nasceu o meu filho e já vai com 7 anos.
Queria que o dia tivesse mais horas, mais outras tantas.
Mais algumas horas para poder vê-lo crescer, tal como se vê uma flor;
Mais algumas horas para poder vê-lo crescer, tal como se vê nascer e crescer o dia.
Mais algumas horas para poder perde-las comigo e com a minha família. Poder escrever e pintar. Olhar os contornos do rosto da minha mulher, ver os seus doces olhos nos riscos e rabiscos do ponto de cruz.
É uma utopia sei disso, mas...é bom sonhar e pensar que o que sonhamos um dia, poderá ser uma realidade noutro.
Afinal, porque me queixo eu da falta de tempo se, por volta das 18:00 já estamos em casa quando, milhares de famílias a essa hora ainda estão a sair dos seus trabalhos? Não tenho razões para tal...ou tenho?
Engraçado o dia ter 24 horas e, no entanto, parecerem menos do isso. Lembro-me de na minha infância que, as férias grandes eram isso mesmo...GRANDES, as datas festivas demoravam imenso a chegarem, quer fosse o Aniversário ou o Natal, em especial.
Hoje, bem hoje até para o meu filho com apenas 7 anos, acha que o tempo passa a correr, mais depressa do que ele queria, mais depressa do que eu queria. Porque será, se tal como já disse, as 24 horas continuam a ser 24 horas?
Será porque agora existem mil e uma coisas para fazer, mesmo as que não servem para nada, que nos rouba tempo?
Será porque o trabalho agora é mais intenso do que era antes?
Será porque queremos fazer imensas coisas ao mesmo tempo e, em tempos idos fazíamos uma atrás da outra?
Não me sinto velho e, como costumo dizer, ainda vou a ¼ do que espero viver (visão optimista), mas as coisas parecem passar a correr.
Ás vezes penso, visão ficçionista talvez, que estamos perante uma alteração do que é denominado espaço/tempo, ou seja, a compressão do tempo face ao espaço em que estamos, isto é, o espaço é o mesmo mas, as 24 horas que aparentemente o são, não chegam a ser.
Bem, acho que por hoje já divaguei um pouco por uma área que me é querida, a ficção cientifica, se bem que o que hoje é ficção amanhã poderá ser realidade.
O tempo passa e nem nos damos conta.
Deitamo-nos e logo já está na hora de nos levantarmos.
Começamos a trabalhar e quando parece que estamos a começar a fazer algo, já chegou a hora de sair.
Ainda “ontem” nasceu o meu filho e já vai com 7 anos.
Queria que o dia tivesse mais horas, mais outras tantas.
Mais algumas horas para poder vê-lo crescer, tal como se vê uma flor;
Mais algumas horas para poder vê-lo crescer, tal como se vê nascer e crescer o dia.
Mais algumas horas para poder perde-las comigo e com a minha família. Poder escrever e pintar. Olhar os contornos do rosto da minha mulher, ver os seus doces olhos nos riscos e rabiscos do ponto de cruz.
É uma utopia sei disso, mas...é bom sonhar e pensar que o que sonhamos um dia, poderá ser uma realidade noutro.
Afinal, porque me queixo eu da falta de tempo se, por volta das 18:00 já estamos em casa quando, milhares de famílias a essa hora ainda estão a sair dos seus trabalhos? Não tenho razões para tal...ou tenho?
segunda-feira, maio 03, 2004
Amigos
Amigos quem não os tem?
Todas as pessoas poderão dizer quem têm muitos amigos, mas...Amigos de verdade, será que os têm?
Amigos em quem confiar os vossos segredos?
Amigos a quem poderão falar sobre tudo?
Amigos de longa data, que não nos condenam por isto ou aquilo, mesmo que estejamos errados?
Se calhar destes amigos, têm poucos ou, nenhuns.
Tenho muitos colegas onde trabalho e, no entanto, apesar de falarmos, rirmos e por vezes desabafarmos, não os considero de amigos. É certo que passo mais tempo no trabalho do que em casa mas, no entanto, acho que entre nós falta qualquer coisa para sermos esses Amigos de que falo. Não sou só eu que sinto isso, penso que eles também o sentem.
Nas datas marcadas lá estão eles, lá estamos nós e, no entanto, é mais uma etiqueta que outra coisa.
Tenho amigos, alguns por certo, daqueles a quem visitamos regulamente e, mais uma vez acho que falta algo.
Será culpa minha? Será que eu é que não me abro o suficiente? Talvez, se calhar mas...
Sexta-feira recebi um telefonema de um Amigo de longa data, um dos meus dois grandes Amigos que tenho. Daqueles com quem podemos rir alto e em bom som, dizer parvoíces sem receio de nos chamarem parvo e, mesmo no silêncio perceberem o que quero dizer...sem nada dizer.
Lembrou-se, ainda que tardiamente, que na semana passada eu tinha feito anos e, dias depois o meu filho, mas lembrou-se e isso é que conta.
É certo que no dia de anos muitas foram as pessoas que me desejaram “um feliz aniversário e que contes muitos mais” mas, pareceu-me mais protocolo que outra coisa, não me pareceu de dentro, do fundo da alma. Aliás, o outro meu grande Amigo ligou-me nesse dia (lembrou-se) mas, as suas palavras soaram-me a verdadeiras, mesmo de dentro. Aliás, tirando a família, ele foi o único que me ligou e falou sobre si, a sua família, como é que ia o meu trabalho, a minha vida e, só por fim falou do meu aniversário, de uma maneira muito sua.
Se calhar sou uma pessoa exigente comigo e com os que me rodeiam.
Se calhar a minha noção de Amigos, não é igual há de outras pessoas.
Se calhar, estes meus dois Grandes Amigos, como vêm de infância e se têm mantido, apesar da distância que nos separa, talvez ache que Amizade é isso e, eu estar errado.
Se calhar, estou com saudades de estar com eles e conversarmos longas horas pela noite dentro.
Tenho amigos, muito se calhar mas...Amigos? Tirando a família mais chegada, talvez só estes dois os considere assim.
Um grande bem aja para eles e, que continuem a estar do lado de lá, para de quando em vez nos falarmos, para uma vez de 3 em 3 anos eu poder ir ao encontro deles e por um dia que seja, “voltarmos à nossa infância”...ainda que anos passados, são estes os meus mais sinceros e sentidos votos para o Paulo e para o Rui.
Todas as pessoas poderão dizer quem têm muitos amigos, mas...Amigos de verdade, será que os têm?
Amigos em quem confiar os vossos segredos?
Amigos a quem poderão falar sobre tudo?
Amigos de longa data, que não nos condenam por isto ou aquilo, mesmo que estejamos errados?
Se calhar destes amigos, têm poucos ou, nenhuns.
Tenho muitos colegas onde trabalho e, no entanto, apesar de falarmos, rirmos e por vezes desabafarmos, não os considero de amigos. É certo que passo mais tempo no trabalho do que em casa mas, no entanto, acho que entre nós falta qualquer coisa para sermos esses Amigos de que falo. Não sou só eu que sinto isso, penso que eles também o sentem.
Nas datas marcadas lá estão eles, lá estamos nós e, no entanto, é mais uma etiqueta que outra coisa.
Tenho amigos, alguns por certo, daqueles a quem visitamos regulamente e, mais uma vez acho que falta algo.
Será culpa minha? Será que eu é que não me abro o suficiente? Talvez, se calhar mas...
Sexta-feira recebi um telefonema de um Amigo de longa data, um dos meus dois grandes Amigos que tenho. Daqueles com quem podemos rir alto e em bom som, dizer parvoíces sem receio de nos chamarem parvo e, mesmo no silêncio perceberem o que quero dizer...sem nada dizer.
Lembrou-se, ainda que tardiamente, que na semana passada eu tinha feito anos e, dias depois o meu filho, mas lembrou-se e isso é que conta.
É certo que no dia de anos muitas foram as pessoas que me desejaram “um feliz aniversário e que contes muitos mais” mas, pareceu-me mais protocolo que outra coisa, não me pareceu de dentro, do fundo da alma. Aliás, o outro meu grande Amigo ligou-me nesse dia (lembrou-se) mas, as suas palavras soaram-me a verdadeiras, mesmo de dentro. Aliás, tirando a família, ele foi o único que me ligou e falou sobre si, a sua família, como é que ia o meu trabalho, a minha vida e, só por fim falou do meu aniversário, de uma maneira muito sua.
Se calhar sou uma pessoa exigente comigo e com os que me rodeiam.
Se calhar a minha noção de Amigos, não é igual há de outras pessoas.
Se calhar, estes meus dois Grandes Amigos, como vêm de infância e se têm mantido, apesar da distância que nos separa, talvez ache que Amizade é isso e, eu estar errado.
Se calhar, estou com saudades de estar com eles e conversarmos longas horas pela noite dentro.
Tenho amigos, muito se calhar mas...Amigos? Tirando a família mais chegada, talvez só estes dois os considere assim.
Um grande bem aja para eles e, que continuem a estar do lado de lá, para de quando em vez nos falarmos, para uma vez de 3 em 3 anos eu poder ir ao encontro deles e por um dia que seja, “voltarmos à nossa infância”...ainda que anos passados, são estes os meus mais sinceros e sentidos votos para o Paulo e para o Rui.
domingo, maio 02, 2004
Dia da Mãe
Hoje é o Dia da Mãe, de todas as mães, presentes e ausentes.
É um dia para ser recordado por alguns e esquecido por outros.
Eu por vezes acho que não me incluo em nenhum deles, lamentavelmente.
Por vezes sinto que não passei mais do que...uma mera experiência cientifica onde, um jacto de esperma foi introduzido num útero para fecundar um óvulo e nada mais, como se fosse um clone, um bebé proveta ou algo semelhante.
Aquela a quem chamo de mãe, sinto como se apenas fosse (e é) uma mera mãe biológica e nada mais. É triste sentir isto mas, é o que sinto por ela.
Hoje é o dia da Mãe, no entanto...
Nunca senti que tivesse tido uma a quem chamar de Mãe. A única a quem poderia ter chamado de tal já faleceu e, no entanto não o era.
Hoje sinto-me em baixo, talvez seja da música que ouço, calma, melancólica...
Não! Seria mentir a mim mesmo se dissesse que era por causa da música, que neste caso até que ajuda a “voar” a espairecer as ideias.
Como à pouco disse a quem me merece, por vezes sinto que sou uma árvore sem raízes e, no entanto de pé, quer seja Verão ou Inverno, faça chuva ou sol.
Hoje é o dia da Mãe...
E no entanto não me sinto alegre pela minha, que apesar de a ter é como se nunca a tivesse tido...tal como o meu Pai, que não cheguei a conhecer.
No meio destes sentimentos dúbios, por vezes, o que me anima e alegra é saber que tenho duas pessoas que me Amam e, que por elas farei tudo para serem felizes, já que eu...se o fui, não me lembro.
É um dia para ser recordado por alguns e esquecido por outros.
Eu por vezes acho que não me incluo em nenhum deles, lamentavelmente.
Por vezes sinto que não passei mais do que...uma mera experiência cientifica onde, um jacto de esperma foi introduzido num útero para fecundar um óvulo e nada mais, como se fosse um clone, um bebé proveta ou algo semelhante.
Aquela a quem chamo de mãe, sinto como se apenas fosse (e é) uma mera mãe biológica e nada mais. É triste sentir isto mas, é o que sinto por ela.
Hoje é o dia da Mãe, no entanto...
Nunca senti que tivesse tido uma a quem chamar de Mãe. A única a quem poderia ter chamado de tal já faleceu e, no entanto não o era.
Hoje sinto-me em baixo, talvez seja da música que ouço, calma, melancólica...
Não! Seria mentir a mim mesmo se dissesse que era por causa da música, que neste caso até que ajuda a “voar” a espairecer as ideias.
Como à pouco disse a quem me merece, por vezes sinto que sou uma árvore sem raízes e, no entanto de pé, quer seja Verão ou Inverno, faça chuva ou sol.
Hoje é o dia da Mãe...
E no entanto não me sinto alegre pela minha, que apesar de a ter é como se nunca a tivesse tido...tal como o meu Pai, que não cheguei a conhecer.
No meio destes sentimentos dúbios, por vezes, o que me anima e alegra é saber que tenho duas pessoas que me Amam e, que por elas farei tudo para serem felizes, já que eu...se o fui, não me lembro.
Subscrever:
Mensagens (Atom)