Aqui será a areia fina...a falésia...onde, entre voos, poisarei para descansar e meditar, depois voltar a voar entre o azul do mar e o azul do céu.
terça-feira, novembro 16, 2004
Pai
(Fábio Júnior)
Pai, pode ser que daqui há algum tempo,
haja tempo pra gente ser mais, muito
mais que dois grandes amigos...pai e filho, talvez...
Pai, pode ser que daí você sinta qualquer coisa
entre esses vinte ou trinta longos anos em busca de paz...
Pai, pode crer eu estou bem, eu vou indo,
estou tentando, vivendo e pedindo,
com loucura pra você, renascer...
Pai, eu não faço questão de ser tudo.
Só não quero e não vou ficar mudo,
pra falar de amor pra você...
Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa,
fala um pouco, tua voz tá tão presa,
me ensina esse jogo da vida,
onde a vida só paga pra ver
Pai, me perdoa essa insegurança,
é que eu não sou mais aquela criança
que um dia morrendo de medo
nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu
Pai, eu cresci e não houve outro jeito,
quero só recostar no seu peito
pra pedir pra você ir lá em casa
e brincar de vovô
com meu filho no tapete da sala de estar
Pai, você foi meu herói, meu bandido,
hoje é mais, muito mais que um amigo,
nem você, nem ninguém está sozinho...
Você faz parte deste caminho, que hoje
eu sigo em paz... Pai, pai, pai...
(Dedicado ao meu Pai, esteja onde estiver)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário