Aqui será a areia fina...a falésia...onde, entre voos, poisarei para descansar e meditar, depois voltar a voar entre o azul do mar e o azul do céu.
segunda-feira, agosto 16, 2004
Neblina do Horizonte
Há dias recebi num meu email esta tela da Isabel Magalhães. Na altura, tal como agora, gostei imenso...
talvez pelo Azul...
talvez pela simetria...
talvez por outra coisa qualquer, no entanto...
No entanto apesar de ser uma obra...prima, tia, sobrinha ou cunhada, conforme queiram, não gostei muito do nome que a artista lhe deu...Neblina (até agora)! Ao primeiro olhar até parece, mas eu, gosto de olhar para uma tela, uma foto ou outra obra de arte, com um olhar subjectivo, ver para além daquilo que ali está, para além do nome que por vezes é imposto, e como tal, num momento em que o sono aperta mas outro eu desperta, aqui vão as minhas palavras sobre o que senti ao ver esta tela.
Neblina do Horizonte
Neblina lhe chamaste
a mais esta tua filha
que pariste dos teus pincéis
por sobre uma marquesa de linho
sem cor ou respiração no primeiro sopro de vida
Nessa tua relação de
desejo e paixão
numa noite de amor e prazer
concebeste-a sem dor
frustração ou culpa
Desse teu corpo nú
tal como a tela branca
que encheste de luz e alegria
houve pinturas, riscos e rabiscos
esboços e traços bem delineados como o teu ser
Neblina lhe chamaste
a mais esta tua filha sem pai
e eu poeta como me chamam
sem o ser adoptei-a como se minha fosse
com o apelido de Horizonte.
16 de Agosto de 2004
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