quinta-feira, junho 20, 2013

O infinito


Aqui tão perto mas ao mesmo tempo à distância do infinito humano...

quinta-feira, junho 13, 2013

Mãe

quarta-feira, junho 12, 2013

terça-feira, junho 04, 2013

Manjerico


Hoje a minha mulher trouxe este manjerico para casa e que lembranças me trouxe no momento em que o vi.Quase que lhe sinto o cheiro, aquele cheiro que se sente com a passagem da mão por cima dele, do manjerico, típico nesta altura pelas festas de Lisboa.
Recordo-me que, há mais de 30 anos, por esta altura oferecia um com amor e amizade, há minha comadre Ana Veloso. O tempo passou e nem me dei conta disso. A vida corre mas, mesmo assim, de repente paramos no tempo e relembramo-nos de tempos idos que não voltam mais mas, mais importante do que não voltarem, é que perduram nas memorias do tempo, das pessoas intervenientes.
Ana, desta vez, e passados estes anos todos, ofereço-te mais uma vez, um manjerico. Passa a mão por cima e sentirás o cheiro, aquele cheiro doce e suave que só os manjericos nos transmitem, talvez por serem as festas ou porque Alcântara este ano vai ficar em 1º lugar nas marchas.


Céu

"Estou na beira de um rochedo cheio de verduras tenras e algumas flores que exalam um perfume cheio de tanto para dar.
Lá em cima o Sol em todo o seu esplendor aquece todo o meu ser e lá em baixo o azul do mar, calmo e sereno, convida a um mergulho profundo e interior.
Abro as asas e levanto voo. Por entre as minhas asas corre o ar quente aquecido pelo Deus Sol que lá em cima se acende todos os dias. Lá em baixo vejo humanos a nadarem, a andarem de barco e outros com umas canas nas mãos a tentarem apanharem aquilo a que nós chamamos de alimento. Não sei o nome que lhe dão mas, passam horas a tentarem apanhar aquilo que nós demoramos alguns minutos. Não sei o que fazem, já que depois põe em baldes e levam para longe.
Eu apenas gosto de voar entre o aqui e o ali, entre o agora e o já e, pairar por entre isto e aquilo, nada mais.
Não, nada tenho a ver com um familiar próximo, o Fernão. Ao contrário dele que gostava de voar no limite, eu não me preocupo com acrobacias, velocidade e outras manobras radicais, apenas me preocupo com o voar calmamente, ver e sentir as sensações que o voar me proporciona, como se isto fosse apenas uma passagem.
Que visão quase paradisíaca que daqui vejo e sinto, apesar das brigas, discussões e guerras que lá por baixo acontecem. Que pena viverem as suas vidas sofridas sem viverem realmente, sem saberem o que é a verdadeira felicidade como eu.
Mergulho em direcção ao azul do mar. Entro por ele dentro e, sinto-me abraçado pelas ondas que me beijam ternamente.
Sinto o silêncio da água e ao mesmo tempo, os ruídos que de lá do fundo vêm, como que ampliados. Olho para cima e vejo o Sol a ondular, a bailar ao sabor das ondas salgadas deste mar.
Uma parte de mim pede para ficar por aqui, nesta paz aquática e, outra parte para sair em direcção ao calor.
Com esforço, sinto os pulmões a pedirem oxigénio e elevo as minhas asas para os lados e subo. Descanso um pouco, ao de cima de água, para secar as asas.
Tomo balanço nestas ondas como se fosse um baloiço e levanto voo em direcção ao local mais alto possível onde o calor está isento de tudo maligno."



Um pequeno texto ao som de uma música divina.