A cueca de fio dental
Tapa não sei o quê
Ficasse a ver o buraco anal
Para quem passa e vê
Depois temos as blusas pelo umbigo
Que tanto puxam para tapa-lo
Deve ser para esconder o trigo
Que pede para ser depilado
O batom e os vernizes
Assim como o rímel dos olhos
Por vezes parecem perdizes
Com lápis e espelhos aos molhos
Temos também as promoções
De roupas leves e muito ousadas
São sacos aos trambolhões
E depois ficam com as partes assadas
E quando vem os dias de chuva
A psicologia muda toda
Não se pode por o dedo na uva
Dizem que incomoda
A sua roupa interior
É de marca e qualidade
É escolhida a rigor
Para protecção da castidade
Nas casas de banho de todas
São piores que os rapazes
Deixam-se de preconceitos e modas
É vê-las do que são capazes
Pode parecer de machista
Mas a todas elas quero bem
Para além de não ser racista
Todas elas são de ninguém
Foram quadras sem sentido
Do único sexo que gera vida
Seja namorado ou marido
Aqui fica a minha saída.
28 de Junho de 2010