Paz

Paz a quem ontem partiu, por tolice é certo, mas mesmo assim, um filho de Deus.
Não há grandes desculpas para o excesso mas, recebe-O de braços abertos e que, lamentavelmente sirva de exemplo para outros, de sangue quente.

Mãe terra

E neste entroncamento e cruzamento
Das águas e dos barrotes perpendiculares
Do basalto negro da pedra vulcânica
E dos varandins parados no tempo
A serpente divide, rasga e separa as águas
Como se fosse a separação da mãe terra
Do seu protegido ser humano
Que se esconde e foge
Daquela que lhe deu o primeiro fôlego

Parabéns Luis e Elisabete

Há quem não queira
E ponha fora
Como lixo se tratasse

Há quem queira
E não consiga
Mesmo com esforços redobrados

Vocês foram agraciados
Com uma dádiva divina
Na junção de duas células

Do fundo do meu coração
Desejo-vos muitas horas
De alegria, paz e amor
Porque uma criança
É a Luz dos nossos olhos

Peitos (um titulo sugestivo)

Esses teus peitos arrojados

Sedentos de mim

Ou apenas com frio

Transparecem ao de leve

Por debaixo dessa blusa de cetim

Como quem precisa

Desesperadamente

De um simples carinho

Ou de um beijo
Prolongado e demorado.

31 de Outubro de 2006