sexta-feira, março 04, 2011

Tudo tem o seu tempo...


Confesso que não me sinto antiquado ou retrógrado, no entanto, faz-me alguma confusão, nos dias de hoje, a maioria das crianças (principalmente aquelas que ainda não entraram na casa dos dois dígitos) já falarem de namorados (as). Não aquelas que entram nas brincadeiras dos pais ou familiares mais chegados, sobre o assunto, mas sim aquelas que, por “força” das brincadeiras dos pais ou familiares mais chegados, começam a sentir que realmente têm uma relação de namoro e levam isso muito a sério, como se fossem já adultos ou adolescentes, quando, na realidade, não passam de crianças apenas. Os meios de comunicação social, mais propriamente a televisão, ajudam muito nisso, fazendo crer (através de novelas principalmente), que ter/ser namorado de alguém é um status na sociedade. Até poderá ser mas, como já ouvi dizer “- Tudo tem o seu tempo…”, nada melhor e mais belo do que viver cada tempo com as suas particularidades, sem pressas para chegar mais além ou chegar aos 18 e ter apenas 15.


De que vale querer ser aquilo que ainda não somos?

Qual a vantagem de agir como se tivéssemos 20 anos se na verdade ainda só temos 15 anos?

Tudo tem o seu tempo…e nada melhor do que viver segundo essa “máxima”.

5 comentários:

Giuseppe Pietrini disse...

Portanto, quando é que será legítimo, na sua óptica, começar a namorar? 18 anos? 19? 21 e meio? Abraço. Giuseppe

Paulo disse...

Na minha óptica, será quando a "criança" em questão tiver maturidade suficiente para assumir as responsabilidades de uma relação, seja ela só afectiva ou algo mais. Convenhamos que crianças com 12/13 anos já "sofrerem" por uma relação é um pouco cedo e imaturo.

Giuseppe Pietrini disse...

Em tempos idos, que já lá vão há muito tempo, porque tenho 50 anos, tive o meu primeiro namoro com 13 anos. E mesmo nessa época anterior à revolução e à transformação das mentalidades, nunca achei que estava a começar a "sofrer" por Amor muito cedo. Até pelo contrário... E creio que hoje os adolescentes são maturos mais cedo ainda do que quando eu o era. Mas isto é a minha própria experiência pessoal... Corroborada com a vivência com uma filha que tenho, hoje com 17 anos, uma princesa sem igual.

Caro Paulo, quero com isto, talvez, dizer, que é muito difícil determinarmos o que é cedo ou tarde para os outros. Para nós próprios, sim, podemos e devemos fazê-lo. Para os outro não. Isso cabe a cada um de nós fazer por si.

Abraço.
Giuseppe

Arkdoken disse...

Antigamente uma criança podia falar em "nomorar" sem pensar em sexo. Hoje não, isso está implícito, pois as imagens televisivas não deixam dúvidas sobre o que é "namorar", isso pra não falar na Internet. Portanto acho que quem quiser condenar a pedofilia deve começar pela televisão, que é o que está erotizando as crianças cada vez mais cedo, criando imagens de crianças que são - sensualmente - mulheres.

Debby disse...

Olá... gostei desse seu post!
E como pai e mãe de dois rapazes um de 16 e outro de 01 aninho e 06 meses estou tendo que dar meus pulinhos e me virar nos trinta literalmente..
Procurando programas saudáveis longe dessa era da TV... rsrs cansa mas comepensa.
Gotei muito.

Debby :)